RITA
DE CÁSSIA MALAGOLLI
RELATÓRIO FINAL DA DISCIPLINA DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE
LICENCIATURA EM GEOGRAFIA II
PONTA GROSSA
2013
SUMÁRIO
1
INTRODUÇÃO
O
estágio supervisionado consiste numa transição de aprendizagem do aluno onde
ele é conduzido por um professor orientador, que procura avaliar seu desenvolvimento,
aprendizagem e conhecimento adquiridos durante o estagio e surge como uma oportunidade
para o graduando ter uma ampla interação com o ambiente escolar.
O
presente estágio supervisionado foi realizado na Escola de Educação Básica
Lauro Müller, localizado na cidade de Florianópolis/SC para a turma 61 do 6º
ano matutino.
Inicialmente,
este relatório refere-se as observações experimentadas na instituição. O objetivo
é a comunicação com a realidade escolar através da observação do funcionamento
da escola, do Projeto Político Pedagógico, do comportamento dos alunos, da
dinâmica da sala de aula em diferentes turmas. As
expressões, as percepções, os sentimentos e dificuldades são relatados no
decorrer das atividades propostas e no cotidiano escolar.
Após o período de observação, foram
elaborados cinco planos de aula dirigidas aos alunos do 6º ano em comum acordo
com a professora supervisora, reconhecendo a importância da elaboração
antecipada da aula e das abordagens pedagógicas a serem aplicadas.
Foram
apresentados a análise de aprendizado de estágio com a produção textual. O
propósito foi refletir o processo de ensino-aprendizagem. Os aspectos mais
relevantes de vivência de estágio foram registrados na prática reflexiva. Neste
contexto, encontram-se inseridas as fichas de avaliação, observação, docência.
Nas
considerações finais, há uma análise sobre a prática e a viabilidade das
atividades. Nos anexos encontram-se inseridos materiais didáticos referentes as
atividades realizadas com os alunos durante o período de observação, distribuídos
pela professora supervisora, bem atividades efetuadas durante minha docência,
agregadas como um comparativo de tarefas em que o aluno atingiu o objetivo e
atividade no qual o aluno não obteve êxito em finalizar a tarefa devido a
ritmos de aprendizagem diferenciados.
2
DIAGNÓSTICO
DA ESCOLA E DA CLASSE
Este relatório de pesquisa é o
resultado da observação realizada no
período de duas semanas com turmas de
6º, 7º ano e 8ª série, aulas ministradas pela Professora Rosana Maria Santin,
sendo esta única professora de geografia que leciona para todas as turmas, na
Escola de Educação Básica Lauro Müller.
Como
instrumento para coleta de dados, utilizei apenas a observação direta, o que me
proporcionou estar em contato com a pratica pedagógica na realidade.
2.1 Diagnósticos da escola
Fundada em 24 de maio de 1912, a
Escola de Educação Básica Lauro Müller faz parte da rede de ensino pública
estadual, localiza-se à Rua Marechal Guilherme, 134 no Centro urbano de Florianópolis - SC.
Funciona conforme segue:
Turno matutino:
Das 7:45 às 11:45;
Turno vespertino:
Das 13:30 às 17:30;
Turno noturno:
Das 18:30 às 22:00.
Sendo distribuídos em dez turmas de
1º a 5º ano, anos iniciais do ensino fundamental; Oito turmas de 6ª à 8ª
séries, anos finais do ensino fundamental e quatro turmas de ensino médio.
A escola é polo na inclusão de
pessoas com deficiência auditiva (PcD) no ensino fundamental desde 2003,
amparados na Lei da inclusão escolar que consta na LDB, Lei 9394/96 atendendo
assim a Declaração de Salamanca. As alunas gestantes tem seus direitos
garantidos na Constituição Federal e Estadual e no Estatuto da Criança e do
Adolescente.
Da equipe de direção: A direção
escolar é composta pela diretora Márcia Raquel Martins e a Assessoria de
direção, Juciane da Silva.
A função de diretor como responsável
pela efetivação da gestão democrática é a de assegurar o alcance dos objetivos
educacionais definidos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de
ensino, e observa-se o bom relacionamento dos alunos com a direção, pois como
todo ambiente de escola pública, há uma grande dificuldade de disciplina por
parte dos alunos.
Da equipe pedagógica, responsável
pela coordenação, implantação e implementação no estabelecimento de ensino,
nesta escola a equipe é composta por professores graduados em Pedagogia. Os
alunos são atendidos pela Coordenação Pedagógica e encaminhados à Direção e
assessoria em casos mais graves.
A equipe docente é constituída de
professores regentes, devidamente habilitados, possuindo formação acadêmica
completa nas disciplinas em que lecionam, contando atualmente com 26
professores efetivos e 11 profissionais do corpo administrativo e diretivo.
Destes 37 efetivos, 22 possuem especialização e 03 deles mestres. Fazem parte
quatro profissionais que atuam como Interpretes de Libras, atendendo 08 alunos
com deficiência auditiva nos turnos matutino e vespertino.
Por localizar-se no Centro da
cidade, a escola está totalmente integrada ao comércio, dispondo de várias
igrejas ao seu entorno, supermercado, pontos de ônibus, farmácias, lanchonetes, museu, junta do serviço militar,
ministério da saúde INSS, bancos e outras lojas de comércio como salão de beleza,
lojas de informática entre outros.
Os alunos da Escola são 100 %
residentes na zona urbana, sendo que apenas 30 % dependem do transporte escolar
para estudarem. A faixa etária compreende alunos com idades que variam entre os
7 e os 18 anos.
O prédio possui dois blocos,
construídos em 1912. Nos anos 90 a escola foi tombada pelo Patrimônio Cultural
e desde então conserva suas características originais. Além
de suas portas e janelas, destaca-se o pátio interno circundado por um
corredor alpendrado onde se salientam colunatas de ferro. Apenas um dos prédios
é tombado pelo Patrimônio Histórico Cultural.
Nos dois prédios destacam-se as
seguintes dependências:
09 salas de aula
01 secretaria
com RH anexo - A secretaria é o setor que tem a seu encargo todo serviço de
escrituração escolar. É um espaço amplo e iluminado para atendimento dos pais,
alunos e pessoas em geral que necessitem dos serviços pertinentes ao setor.
01 sala de
professores
01 sala de
direção
01 sala para os
especialistas
01 sala de
informática, equipada pelo PROINFO, com dez computadores. Conta com o auxilio
de dois assistentes de sala nos três turnos. Enfrenta problemas relacionados
com a manutenção das máquinas uma vez que não possui recursos próprios, para o
conserto das mesmas.
01 laboratório
de química
01 sala para
guardar material de educação física
01 sala para os
funcionários de serviços gerais
01 sala para
almoxarifado para materiais de expediente
01 sala para
almoxarifado de materiais de limpeza
01 cozinha
01 refeitório -
As instalações onde são feitas e servidas as refeições são bem agradáveis,
dispostos com mesas e bancos novos, balcões para guardar louças e talheres.
Assim os alunos aprendem que comer é um ato organizado de cidadania.
01 área coberta
de 400 m²
01 biblioteca
com mesas e cadeiras para aproximadamente 25 estudantes, cantinho da leitura,
bom acervo de livros de literatura infantil, juvenil e adulto, livros didáticos
e paradidáticos, coleção de pesquisa, jornais e revistas, jogos pedagógicos,
DVDs, mapas e globo. Conta com o serviço de empréstimos para professores e
alunos e apoio para pesquisas escolares.
01 auditório
01 quadra - No que
diz respeito as áreas de convivência e infraestrutura para o desenvolvimento de
atividades esportivas, de recreação e culturais, a escola possui apenas uma
quadra descoberta, onde não pode haver reforma.
A escola conta
com dois banheiros, cada um deles com cinco boxes, com instalações sanitárias.
Ainda conta com dois espaços pequenos separados com dois banheiros para
professores, ambos necessitando de reparos.
Por ser tombada pelo Patrimônio
Histórico Cultural, a escola não pode ser reformada, apenas restaurada, e a
mesma não dispõe de acessibilidade para portadores de necessidades especiais.
Um espaço embaixo do prédio tombado
(porão) aproveitado como sala de oficina de artes.
2.2 Diagnóstico da classe
O diagnóstico foi realizado no
período de duas semanas com turmas de
6º, 7º ano e 8ª série, onde efetuei 05 h/a de observação e também a turma de 6º
ano onde desenvolverei o projeto de estágio, sendo dedicado 4 h/a de
observação, período este vinculado ao programa acadêmico com o objetivo de
observar e registrar anotações efetuadas na sala de aula.
Este relatório de pesquisa é o
resultado de uma observação que se deu nas salas de aula acima mencionadas.
Trata-se de uma turma homogênea, com faixa etária bem diversificada devido a
reprovação em anos anteriores, com características bem comuns entre si.
Desde o princípio, percebi a
dificuldade da professora em atrair a atenção destes alunos para me apresentar
como estagiária, mais difícil ainda foi despertar o interesse para o inicio das
aulas, tratando-se de turmas bem dispersas e desafiadoras.
Foi realmente esta minha expectativa
em relação as classes, pois desde a observação da escola, tornou-se um hábito
observar os alunos também, seu comportamento junto aos demais, e então ao mesmo
tempo que entrar na sala de aula foi satisfatório, foi desafiador, pois tive a
oportunidade de estar ali como expectadora, de vivenciar estas descobertas.
Verifiquei o desinteresse na leitura e na interpretação para produção de
exercícios do livro, alguns se manifestaram, outros não abriram o livro.
As turmas de 6º ano e 7º anos não
são assíduos, pude perceber em plena segunda-feira em ambas as turmas, que dos
25 alunos matriculados, apenas 13 e 16 alunos respectivamente compareceram as
aulas, fato este confirmado pela professora.
Durante estas observações
realizadas, pude ainda verificar que os
alunos possuem uma professora amorosa, paciente, e que os alunos
deveriam demonstrar maior participação para um melhor rendimento. Pois se o
professor não favorece um clima cordial e afetuoso em sala de aula, a tendência
natural destes alunos, é a falta de interesse e a desmotivação para aprender, o
que não justificava o comportamento deles para esta situação.
A
professora Rosana, tem uma ótima didática e trabalha praticamente com livro,
quadro e giz, e ainda assim consegue provocá-los à reflexão e a participação
critica, consegue incitá-los ao questionamento sobre a matéria em pauta, ainda
que muitas respostas venham na forma de provocação e brincadeira. Fala
carinhosamente e demonstra satisfação em estar com seus alunos, pois sempre
mantém um sorriso especial a cada um, mesmo quando chama a atenção. Este vínculo
afetivo com as turmas, proporciona uma interação, porém ainda é satisfatório o
modo com que correspondem, a falta de interesse.
3
PLANOS
DE AULAS
1 - Plano de Aula 01
Dados
de identificação
Instituição:
Escola de Educação Básica Lauro Müller
Disciplina:
Geografia
Supervisor
Técnico: Rosana Maria Santin
Série:
6° ano - Turma 01
Tempo
de aula: 2 h/a Data: 14/05
2 - Tema:
A
geografia e a compreensão no mundo
-
Orientação
no espaço geográfico.
3 - Objetivo Geral:
Compreender
a organização do espaço e a sua construção, bem como a ampliação das noções de
referência espacial, fazendo com que o aluno no seu cotidiano, possa fazer uso
de mapas e representar os lugares onde ele se relaciona e vive dentro do seu
espaço geográfico.
4
- Objetivos específicos:
·
Conhecer os movimentos da terra;
·
Conhecer os principais instrumentos de
localização e orientação;
·
Compreender os pontos cardeais Norte e Sul;
5 - Incentivação:
Através
da apresentação do globo terrestre sobre várias situações relacionadas a
orientação do sol, iniciar a aula questionando como o sol afeta a vida de cada
um no trajeto escola-casa. Em que parte do corpo ele bate quando se desloca (de
acordo com o meio de transporte utilizado) neste percurso. Em que partes da casa
o sol atinge durante o dia.
6 - Esquema de conteúdo:
- A orientação pelo sol
- A
orientação pela lua
- A
orientação pelas estrelas
- A
orientação pela bússola
7 - Desenvolvimento:
·
Início da aula com uma explanação sobre o
conteúdo do livro didático com o tema proposto.
·
Explicação sobre o fato do sol nascer no
mesmo lado da terra, onde ele se põe e desaparece ao final do dia.
·
Demonstrar que durante o deslocamento
espacial é necessário saber onde estamos e para onde vamos. E neste momento
introduzir as bases do conhecimento cartográfico, neste caso o domínio dos
pontos cardeais e colaterais.
·
Identificação do leste, através de uma
dinâmica onde em um primeiro momento os alunos se levantam e ficam de frente
para uma parede que estará identificada como lado Leste, orientando-o que o
lado contrário estará o Oeste.
·
Num segundo momento, os alunos identificarão
as demais direções, de forma a compreender que há várias possibilidades de
utilizar o corpo para orientação no espaço, após entender os movimentos do sol.
8 - Síntese Integradora:
Os
alunos receberam instruções para utilizar na prática os conceitos de
orientação, assim o registro das atividades sobre a utilização dos conceitos de
orientação serão de fundamental importância para a análise e compreensão do uso
deles.
leste ou oeste.
9 - Recursos:
Sala
de aula, globo terrestre, quadro negro, aparelho de GPS, bússola, giz e
apagador.
1 - Plano de Aula 02
Dados
de identificação
Instituição:
Escola de Educação Básica Lauro Müller
Disciplina:
Geografia
Supervisor
Técnico: Rosana Maria Santin
Série:
6° ano - Turma 01
Tempo
de aula: 2 h/a Data: 21/05
2 - Tema:
A
geografia e a compreensão no mundo
-
Orientação
relativa
3 - Objetivo Geral:
Compreender
a organização do espaço e a sua construção, bem como a ampliação das noções de
referência espacial, fazendo com que o aluno no seu cotidiano, possa fazer uso
de mapas e representar os lugares onde ele se relaciona e vive dentro do seu
espaço geográfico.
4
- Objetivos específicos:
·
Explicar técnicas de orientação relativa;
·
Compreender os pontos cardeis e colaterais a
partir da rosa dos ventos.
5 - Incentivação:
Será
questionado aos alunos se eles sabem o que é a rosa dos ventos e o que são os
pontos cardeais e colaterais.
6 - Esquema de conteúdo:
- A rosa dos ventos.
-
Pontos cardeais e colaterais.
7 - Desenvolvimento:
·
Inicio da aula com uma explanação sobre o
conteúdo do livro didático com o tema proposto.
·
Através de uma aula expositiva sobre a
orientação relativa, debater sobre a confusão mental das pessoas ao tentar
indicar o norte, sul, leste e oeste a partir de um referencial.
·
A partir da contextualização do conteúdo,
inserir os alunos neste referencial para que exemplifiquem o espaço geográfico
em que residem de acordo com os pontos cardeais fugindo a lógica relativista
como por exemplo: Atrás de, ao lado de, antes de, etc...
·
Num segundo momento, orientar os alunos a
produzirem sua própria rosa dos ventos. Durante a abordagem desse conteúdo, não
será apresentada a rosa dos ventos pronta, sendo essencial para sua construção
a iniciativa do aluno, despertando sua atenção para o fato de os nomes dos
pontos colaterais são formados a partir da junção de dois pontos cardeiais.
8 - Síntese Integradora:
Atualmente
o norte é utilizado como referência pela maioria dos mapas, pois se trata de
uma regra estabelecida pelos cartógrafos. A finalização desta aula se dará pela
amostra de ilustrações de mapas do Brasil, Mapa Mundi, Mapa do Estado, que
afirmem esta explicação, estabelecendo também a diferença entre norte
geográfico e norte magnético.
9 - Recursos:
Sala
de aula, papel milimetrado, régua, borracha, lápis de cor, quadro negro, giz e apagador.
1 - Plano de Aula 03
Dados
de identificação
Instituição:
Escola de Educação Básica Lauro Müller
Disciplina:
Geografia
Supervisor
Técnico: Rosana Maria Santin
Série:
6° ano - Turma 01
Tempo
de aula: 2 h/a Data: 28/05
2 - Tema:
A
geografia e a compreensão no mundo
- As coordenadas
geográficas
3 - Objetivo Geral:
Compreender
a organização do espaço e a sua construção, bem como a ampliação das noções de
referência espacial, fazendo com que o aluno no seu cotidiano, possa fazer uso
de mapas e representar os lugares onde ele se relaciona e vive dentro do seu
espaço geográfico.
4
- Objetivos específicos:
·
Compreender o sistema de coordenadas
geográficas e sua utilização para determinar a posição absoluta dos lugares;
·
Conhecer os conceitos de latitude, longitude,
paralelos e meridianos;
·
Utilizar o sistema de coordenadas geográficas
em plantas, cartas, mapas.
5 - Incentivação:
Promover
uma roda de conversa sobre os sistemas de coordenadas geográficas expressos em
plantas, cartas e mapas. Verificar o que os alunos já sabem sobre o assunto, e
se necessário retomar noções essenciais deste sistema, como os paralelos e
meridianos e suas funções.
6 - Esquema de conteúdo:
- Sistema de
coordenadas geográficas
-
Latitude e longitude.
7 - Desenvolvimento:
·
Num primeiro momento, será introduzido o
conteúdo coordenadas geográficas de acordo com o livro didático.
·
Em seguida, através de uma aula expositiva
será fixado o mapa no quadro negro e utilizado o globo para demonstração da
rede de coordenadas geográficas formados por paralelos e meridianos.
·
Será entregue aos alunos, uma folha de atividades
com exercícios sobre coordenadas geográficas utilizando latitudes e longitudes
e referências baseadas nos pontos cardeais, onde os alunos consultarão em mapas
e atlas geográficos de modo a examinarem com atenção os sistemas de coordenadas
geográficas
·
Para avaliação coletiva do trabalho será
realizada uma dinâmica em grupo com o jogo "batalha naval" onde o
objetivo é afundar os navios dos adversários.
8 - Síntese Integradora:
Conversa
com a turma sobre o sistema de coordenadas cartesianas adotado, com
questionamentos sobre o que acharam do grau de eficiência desse sistema para
localizar objetos. O sistema de mapeamento da terra pelas coordenadas expressa
qualquer posição horizontal do planeta, sendo assim possível localizar com
exatidão qualquer lugar no planeta.
9 - Recursos:
Sala
de aula, globo, atlas geográfico, lápis, borracha, quadro negro, tabuleiros de batalha naval, giz e apagador.
1 - Plano de Aula 04
Dados
de identificação
Instituição:
Escola de Educação Básica Lauro Müller
Disciplina:
Geografia
Supervisor
Técnico: Rosana Maria Santin
Série:
6° ano - Turma 01
Tempo
de aula: 2 h/a Data: 04/06
2 - Tema:
A
geografia e a compreensão no mundo
- As coordenadas
geográficas
3 - Objetivo Geral:
Compreender
a organização do espaço e a sua construção, bem como a ampliação das noções de
referência espacial, fazendo com que o aluno no seu cotidiano, possa fazer uso
de mapas e representar os lugares onde ele se relaciona e vive dentro do seu
espaço geográfico.
4
- Objetivos específicos:
·
Utilizar o sistema de coordenadas geográficas
em plantas, cartas e mapas através do meio digital para localizar pessoas,
objetos e lugares.
·
Comparar diferentes tipos de representação da
superfície terrestre: mapas, fotos de satélite e imagens aéreas.
5 - Incentivação:
No
laboratório de informática, os alunos terão acesso ao sistema de navegação Google Earth, e serão questionados com
perguntas como: Se estivessem perdidos no mar, como explicar ao socorro o ponto
onde está localizado? E se o avião cair na selva, como orientar o resgate sobre
a área a sobrevoar?
6 - Esquema de conteúdo:
- Sistema de
coordenadas geográficas
-
Latitude e longitude.
7 - Desenvolvimento:
·
Acesso ao laboratório de informática, onde os
alunos utilizarão os computadores e efetuarão pesquisas no Google Earth para
localização de coordenadas geográficas de acordo com os pontos previamente
estipulados.
·
Num segundo momento, utilizarão o Google Maps
para outras localizações com coordenadas geográficas a titulo de curiosidade
dos alunos.
8 - Síntese Integradora:
Verificar
com os alunos quais os resultados obtidos, a partir dai finalizar as
atividades, propondo uma redação onde os alunos deverão expor os elementos
centrais dos sistemas de orientação e localização espacial e discutir seus
usos, finalidades e importância para a vida das pessoas na prática do
dia-a-dia.
9 - Recursos:
Atlas
geográfico e acesso ao laboratório de informática da escola.
1 - Plano de Aula 05
Dados
de identificação
Instituição:
Escola de Educação Básica Lauro Müller
Disciplina:
Geografia
Supervisor
Técnico: Rosana Maria Santin
Série:
6° ano - Turma 01
Tempo
de aula: 1 h/a Data: 11/06
2 - Tema:
A
geografia e a compreensão no mundo
- Representações do
espaço geográfico
3 - Objetivo Geral:
Compreender
a organização do espaço e a sua construção, bem como a ampliação das noções de
referência espacial, fazendo com que o aluno no seu cotidiano, possa fazer uso
de mapas e representar os lugares onde ele se relaciona e vive dentro do seu
espaço geográfico.
4
- Objetivos específicos:
·
Identificar os elementos em uma foto ou
imagem de um lugar conhecido.
·
Interpretar e comparar mapas e plantas:
escalas e legendas.
·
Compreender o lugar e sua localização no
espaço geográfico;
5 - Incentivação:
De
acordo com a metodologia do livro didático, fazer uma explanação sobre o
assunto, de como as imagens são obtidas, relembrando-os da aula de informática
quando tiveram acesso ao Google Earth fazendo uso das imagens de satélite e
mapas. Explicar que este programa apresenta um modelo tridimensional da terra
organizando as imagens.
6 - Esquema de conteúdo:
-
Representação e modificações na paisagem do bairro.
- O
lugar e sua localização no espaço geográfico.
-
Plantas e mapas do bairro: escalas e legendas
7 - Desenvolvimento:
Num
primeiro momento, será feita a apresentação sobre o tema de acordo com o livro
didático para introdução sobre o assunto, e na sequencia a apresentação de um
projeto onde será distribuído aos alunos imagens de satélites previamente
selecionadas. Os alunos serão incentivados a comentar sobre as mesmas, e
instruídos a perceberem e identificarem as áreas com moradias, comércio,
terreno baldio, e outros detalhes.
Num
segundo momento, os alunos desenvolverão o projeto, onde irão produzir um
croqui da imagem com base nas observações, delineando ruas, praças e rios da
área representada. Em seguida, serão auxiliados a construir uma legenda para
identificar os tipos de ocupação do solo que ocorrem na área representada na
imagem.
Para
fechamento da disciplina na segunda aula, a professora irá desenvolver
atividades de fixação com exercícios.
8 - Síntese Integradora:
Através
de uma comparação do croqui com a imagem, os alunos poderão perceber as
diferenças que notam entre esses dois tipos de representação do espaço. Será
registrado o aprendizado de cada aluno onde serão questionados se a atividade
os ajudou a pensar como são produzidos os mapas, o que eles aprenderam?
9 - Recursos:
Sala
de aula, foto aéreas ou de satélite do
Google Earth, papel, lápis, borracha, lápis de cor, cola, cartolina, quadro
negro, giz e apagador.
4
MATERIAIS DIDÁTICOS
UTILIZADOS NAS AULAS
Com base no
desenho abaixo, vamos construir a Rosa dos Ventos e indicar os pontos Cardeais
e Colaterais:
Colorir o mapa.
Colar no caderno e responder:
Qual a latitude e longitude dos lugares assinalados no mapa:
Agora que você aprendeu sobre o sistema
de Coordenadas Geográficas, podemos treinar com o jogo Batalha Naval.
A Batalha Naval, tem como objetivos
reforçar o conhecimento sobre cartografia e Primeira e Segunda Guerras
Mundiais.
Voce sabia?
Conte que a batalha aeronaval mais
conhecida foi provavelmente o ataque japonês à base americana de Pearl Harbor,
no Havaí, em 7 de dezembro de 1941. O bombardeio deixou um total de 2403
mortos, afundou boa parte da frota dos Estados Unidos no Pacífico e precipitou
a entrada do país na II Guerra. A virada começou com a Batalha de Midway — em 4
de junho de 1942 —, travada por aeronaves de porta-aviões e considerada um dos
maiores eventos militares de todos os tempos. Os japoneses perderam quatro
porta-aviões insubstituíveis e tiveram de passar à defensiva. Sua derrota
tornou-se uma questão de tempo.
A batalha aeronaval mais conhecida foi
provavelmente o ataque japonês à base americana de Pearl Harbor, no Havaí, em 7
de dezembro de 1941.
O bombardeio deixou um total de 2403
mortos, afundou boa parte da frota dos Estados Unidos no Pacífico e precipitou
a entrada do país na II Guerra.
A
virada começou com a Batalha de Midway
em 4 de junho de 1942, travada por aeronaves de porta-aviões e
considerada um dos maiores eventos militares de todos os tempos.
Os japoneses perderam quatro porta-aviões
insubstituíveis e tiveram de passar à defensiva. Sua derrota tornou-se uma
questão de tempo.
Como jogar?
Esconda suas embarcações distribuindo-as
no tabuleiro quadriculado. Você pode colocá-las no sentido horizontal ou
vertical. Tente escondê-las bem porque nesse jogo vence quem descobrir e
afundar mais embarcações do adversário. Mas cuidado, você não poderá deixar que
duas embarcações se toquem.
Suas embarcações são:
3 Hidroaviões
4 Submarinos
3 Cruzadores
2 Encouraçados
1 Porta-aviões
Identificar elementos na imagem que sejam conhecidos, relacione-os.
- Com o auxilio de papel vegetal e lápis, copie as ruas, destaque os
pontos principais (Escola Lauro Muller, Catedral Metropolitana, Câmara
Municipal, Banco do Brasil, Escola Adventista, Receita Federal - Pró-Cidadão e
Centro Comercial ARS)
- Criar uma legenda.
5
REFLEXÃO
DA PRÁTICA DIDÁTICA
As aulas apresentadas no estágio de docência atingiram
os objetivos visados, ainda que haja uma necessidade de interação maior com as
disciplinas de comunicação e expressão visando ao aprimoramento da capacidade
de leitura e interpretação. A insuficiência destas habilidades faz com que haja
demanda de um ritmo diferenciado e uma
inicial resistência a metodologias complementares, como o uso do papel
milimetrado em alternativa ao recurso texto-leitura-cópia.
Percebi que a turma mostrava-se um desafio
desde o inicio devido a sua estrutura etária heterogênea. Contudo, alguns
alunos empreendiam esforço redobrado para poder me ouvir (colocavam as mãos nos
ouvidos em concha), enquanto outros, ao contrário demonstravam desmotivação e
desinteresse (mantinham-se em pé, atrapalhando a aula e finalmente saindo da
sala). Entre os interessados houve interatividade, participação e curiosidade.
No que se refere às aulas realizadas no estágio
de docência, os objetivos propostos foram alcançados, os alunos conseguiram ter
uma boa compreensão num modo geral da matéria trabalhada em sala de aula. Inicialmente
havia sempre a dificuldade em chamar a atenção para a atividade, sendo que após
a entrega do material, imagens e mapas, era necessário um empenho ainda
maior para a explicação. Algumas vezes interagiam
de forma satisfatória e isso fazia com que a aula se tornasse mais animada,
dinâmica e enriquecida.
Na construção da rosa dos ventos, o trabalho
com papel milimetrado demandou um grande tempo, sendo que muitos alunos não
concluíram a atividade em praticamente 2 aulas, houve dificuldade em compreender
o que era um centímetro representado no papel, em traçar 8 centímetros contando
os quadriculados em fazer o traçado no papel na linha cheia da folha
milimetrada. Segue algumas amostragens nos anexos.
Para elaboração das atividades, houve uma
analise crítica sempre visando objetividade em cada aula planejada, que fosse
de forma interdisciplinar e seus conteúdos trabalhados de uma maneira
fragmentada. Sendo assim, os conteúdos contemplados nos planos de aulas, foram
aliados para a realidade que o aluno vivencia, visando um resgate da
auto-estima e sua participação de maneira mais efetiva durante as aulas.
As atividades direcionadas foram utilizadas
de maneira lúdica, através de jogos (batalha naval), competições para que
calculassem as coordenadas geográficas, colorindo e colando estas atividades no
caderno, para então eles próprios corrigissem pois gostam muito de escrever no
quadro negro, tudo isto objetivando a interação para que houvesse participação
nas aulas e fossem atingidos níveis satisfatórios de aprendizagem.
Por não dispor de
materiais didáticos suficientes de modo que as aulas fossem mais objetivas e
práticas, e isto refletiu muito na maneira como o conteúdo foi propagado, pois
os recursos disponíveis eram basicamente quadro, giz e livro didático. Esta
limitação ao professor saturava a capacidade de apreensão dos alunos o que os
desmotivava devido ao intensivo uso da aula expositiva, estando sempre
submetidos as mesmas metodologias e tornando assim a disciplina de Geografia
"muito chata" segundo os estudantes.
O plano de aula
04 contemplava a ida ao laboratório de informática, porém as limitações da
versão do sistema operacional Linux, não
possibilitaram o download do software Google Earth.
A avaliação faz parte da prática educativa,
pois é um processo contínuo e mútuo entre professor aluno, de modo a analisar
os avanços que ocorrem durante o processo de ensino aprendizagem. Cada
atividade proposta em sala de aula exige uma avaliação focando o movimento do
aluno em todas as etapas para que possamos assim contemplar a sua evolução.
1
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
O decorrer deste estágio possibilitou
vivenciar metodologias, entender como se constitui o ambiente escolar e aprender
novas abordagens de ensino. O retorno obtido neste processo foi essencial na minha
aprendizagem em relação a realidade escolar, pois a realidade educacional com a
qual deparamos ainda não é a ideal, mas é visível a construção da
universalização do direito a educação. Este período foi aproveitado para aquisição
de experiências e desenvolvimento de estratégias que nos orientem a exercer uma
boa atuação como docente e contribuir desta maneira, para a melhoria da
educação.
Dentre os
fatores importantes no decorrer desse estágio, a observação da atuação da
professora foi notável, considerando a sua habilidade em controlar a turma, em
impor respeito e disciplina, o que acorria com maior dificuldade durante aulas
que eu ministrei, uma vez que havia tumulto, desobediência e indisciplina por
partes de alunos que notadamente estavam ali mais por obrigação do que por
direito.
Particularmente,
houve alguns incidentes que me colocaram em situações para as quais eu não
estava preparada. Tudo isso aliado a insuficiente contrapartida da família na
educação, sobrecarregando a escola nesta responsabilidade de educar, o que não
acontecia. Há uma coordenação sobrecarregada de trabalho, de mediação de
conflitos e apoio ao aluno.
Este primeiro contato com o novo conhecimento trouxe a certeza da
colaboração para a continuidade da minha formação docente. Assim, acredito que
a prática adquirida quanto ao ensino, metodologia e didática é a melhor maneira
possível de transmitir conhecimentos científicos aos alunos. A docência demanda
preparo para que seja possível a promoção da aprendizagem, autonomia no pensar
e do refletir.
Foi
uma experiência importante, que superou minhas expectativas como complemento de
minha formação acadêmica.
.
2
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
EDITORA
MODERNA (Org.); Projeto Araribá: Geografia. 1. ed. – São Paulo: Moderna,
2007.
PIMENTEL, C, S; LOPES, M, C; MORO, P, R.
Licenciatura em Geografia. Estágio
Supervisionado em Geografia I. Ponta Grossa : UEPG/ NUTEAD, 2011
Revista
escola:
http://revistaescola.abril.com.br/geografia/pratica-pedagogica/sistemas-orientacao-localizacao-526838.shtml. Acesso em
11/04/2013
SIMIELLI,
Maria Helena. Atlas Geográfico:
Século XXI. São Paulo: Ática, 2000
Imagens
retiradas dos sites:
http://geografandocomachris.blogspot.com.br/2011/06/mapa-para-trabalhar-coordenadas.html/. Acesso em
28/05/2013
http://todanovidade.com.br/ciencia/rosa-dos-ventos/. Acesso em
28/05/2013.
http://www.slideshare.net/neuronio/como-fazer-uma-rosa-dos-ventos.Acesso em 28/05/2013
http://www.smartkids.com.br/passatempos/brincadeiras-batalha-naval.html Acesso em 29/05/2013
Acesso
ao Google Maps e Google Earth.
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