domingo, 8 de setembro de 2013

RESENHA: A GEOGRAFIA ESCOLAR: REFLEXÕES SOBRE O PROCESSO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO DO ENSINO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
RITA DE CÁSSIA MALAGOLLI 













 Resenha crítica do artigo: A geografia escolar: Reflexões sobre o processo didático-pedagógico do ensino, de autoria de Marlene Macário de Oliveira, como requisito para a disciplina: Técnicas de Pesquisa em Educação Geográfica, do curso de Licenciatura em Geografia, da Universidade Estadual de Ponta Grossa, ministrado pela professora Juliana Przybysz.








PONTA GROSSA
2012











O autor critica o ensino da geografia acerca do processo didático-pedagógico na relação de postura do professor com o processo educativo, que é alvo de discussões e que deve evoluir em muitos aspectos, principalmente no que se refere a metodologia. Ele deve formar um cidadão crítico que seja capaz de atuar na sociedade, compreender a realidade em que ele vive, além de estimular a percepção do espaço.
Nesta linha de crítica, o autor defende um ensino da geografia voltado a preparar o aluno para a vida e contribuindo para que este compreenda o espaço geográfico em que vive e prepare este aluno para ocupar este espaço de maneira cidadã e participativa e para tanto é necessário que o professor enquanto mediador, mantenha uma postura para que não fique restrito apenas  em transmitir meramente o conteúdo de uma disciplina ignorando sua forma constitutiva e sua falta de preocupação de explicação.
Denuncia a negligência da geografia física em favor da geografia humana o que se constitui como obstáculo para que os indivíduos se expressem livremente. O Movimento de Renovação inseriu novas técnicas que possibilitaram a análise geográfica, onde se estabelece uma crise de metodologia de pesquisa, de linguagem,  com novas propostas na esfera da disciplina e que deram contribuição para que os indivíduos buscassem um pensamento crítico, se reconhecessem como sujeitos do mundo em que vivem.
Ao criticar o professor condicionado a prática reducionista da educação reforçada pelos modelos pedagógicos "prontos e acabados", percebemos que segue um modelo fragmentado, e não um projeto encaminhado para ações pedagógicas, que pudesse atender as visões fundamentadas em conceitos que tivessem um valor contextual, ou meio para que a aprendizagem do aluno fosse significativa e não meramente limitada ao uso do livro didático, livros que reproduzem métodos tradicionais, e conteúdos que terminam por influênciar a prática.
No que se refere ao livro didático, ele acaba por ocultar os conflitos e os problemas da sociedade em que vivemos, pois trata de um conhecimento positivista que esconde todas as suas contradições, estando distante dos debates e dos conhecimentos científicos. A geografia observada por quem está inserido no contexto de pesquisa e ensino,  pode apresentar-se como uma disciplina que cumpre um forte papel ideológico  podendo transformar uma sociedade, a partir do momento que eleva a tona muitas questões do âmbito geopolítico.
O espaço geográfico continua sendo o mais importante objeto de estudo da geografia, sendo visto um conjunto de vários sistemas, e além de tudo é uma condição para a ação,  a partir dai ele formará o homem livre, e desta forma o ensino da geografia vai ter a finalidade de sua formação. E a sala de aula que a interação de valores, idéias e interesses irão acontecer. Para isso é necessário que a prática pedagógica venha a ser o caminho para o indivíduo ser conduzido para a vida social, que acerca das transformações científicas e tecnológicas que ocorrem, ele possa fazer uma leitura crítica..
Entretanto, há de se fazer as devidas ressalvas que o preparo do aluno para a vida não será realidade se este não tiver condições de ocupar o seu espaço geográfico no mercado de trabalho e, a partir daí, ocupar os demais espaços destinados aos incluídos socialmente.





REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

OLIVEIRA, Marlene Macário de. A Geografia Escolar: Reflexões sobre o processo didático-pedagógico do ensino. Revista Discente Expressões Geográficas. Florianópolis-SC, nº 02, p. 10-24, junho/2006.

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