SUMÁRIO
Introdução
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04
Objetivos
...................................................................................................................
04
Caracterização da área ............................................................................................
05
Desenvolvimento
.......................................................................................................06
Conclusão...................................................................................................................07
Bibliografia
...............................................................................................................
08
1.
INTRODUÇÃO
O
objetivo da aula de campo é identificar na prática o que foi visto em sala de
aula, agregar a teoria à prática e promover a construção da Geografia através
do conhecimento, considerando as práticas sociais construídas como um
instrumento de entendimento da realidade vivida e da sistematização dos
aspectos observados em relação ao ambiente e das diversas interações do homem
com o meio.
A
compreensão geográfica das paisagens através de uma aula de campo conceitua
existência dos lugares que irão edificar o universo do conhecimento do
pesquisador. Ao interpretar a paisagem, a comparação das diferentes concepções
de um mesmo objeto é fundamental, pois permite a comparação de interesses,
valores socioculturais e econômicos dos possíveis desígnios encontrados no
local.
De acordo com
Compiane e Carneiro (1993), Ao adotar essa prática de esboçar as atividades de
sala de aula para uma aula de campo, têm-se como meta principal obter maior
fixação de compreensão por parte dos alunos onde dessa forma há uma tendência
natural de tomada de atitude investigativa e questionadora dos fato.
2. OBJETIVO
-
Descrever a morfologia do Maciço do Morro da Cruz, verificando as áreas que
estão ocupadas pelo espaço urbano e as relações que envolvem o espaço social
das comunidades do Maciço do Morro da Cruz.
3.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
- Observar a ocupação
desordenada sobre os aspectos físico-ambientais na encosta do Maciço do Morro
da Cruz,
- Identificar as condições
de vida dos moradores do Maciço do Morro da Cruz a partir da subestrutura
urbana.
- Verificar em campo as
áreas suscetíveis a deslizamentos de massa.
4.
CARACTERIZAÇÃO
DA ÁREA
A ilha de Florianópolis possui uma
área de 424 km², com uma extensão de 54 km de norte a sul e 18 km de leste a
oeste (IPUF 2004). Desde o início do século XX, algumas das comunidades mais
tradicionais de Florianópolis se estabeleceram nos morros localizados a Leste
do Centro Histórico da cidade, bem centralizado na porção central da cidade.
Estes morros foram envolvidos pela ocupação urbana desde a década de 70 e
constituíram o Maciço do Morro da Cruz.
O Maciço do Morro da Cruz, constitui
sua geologia predominante no granito grosso, de cor cinza clara ou rosada
correspondente ao Granito da Ilha da Suíte Pedras Grandes, de idade
Neoproterozóica, atinge 292 m de altitude, tem cerca de 5 km de comprimento,
800 m de largura e compreende uma área de 2,151.000 m², com uma área ocupada de
657.000 m², onde residem aproximadamente 35000 habitantes, totalizando cerca de
6 mil famílias, que estão distribuídas em 21 comunidades.
As áreas mais altas progressivamente
foram ocupadas por uma urbanização de família de baixa renda, com habitações
precárias em áreas de alta declividade, sendo características marcantes a falta
de infraestrutura, sistema viário, saneamento básico e coleta de lixo.
5.
DESENVOLVIMENTO
Partindo
do Centro de Florianópolis em direção ao Maciço Central do Morro da Cruz, daremos
início a saída de campo, uma vez que os objetivos e a área de atuação foram
delimitados. O ponto máximo da área que a aula de campo abrangerá é o mirante
do Morro da Cruz, onde após nos deslocarmos a pé subindo a Comunidade do Monte
Serrat, poderemos observar todo o maciço com suas comunidades abaixo
relacionadas conforme a figura:
(Disponível em http://soniaa.arq.prof.ufsc.br/arq1206/20113/barbara/03.pdf)
Os
mirantes distribuídos no Morro da Cruz, permitem-nos observar as comunidades
acima relacionadas no mapa, bem como as Pontes Hercílio Luz, Colombo Sales e
Pedro Ivo Campo, uma porção do continente, as Ilhas de Ratones Grande e Ratones
Pequeno, a Avenida Beira Mar Norte, Aeroporto e bairros adjacentes. A partir
desta visão em 360º, podemos observar o grande avanço das áreas urbanizadas
ocupando grande parte do MMC, surgindo como uma mancha urbana e avançando sobre
as encostas eliminando áreas nativas. As
observações constatadas, referem-se a morfologia do local com muitos grotões,
que depressões profundas no relevo fortemente acidentado.
A
preservação é um aspecto predominante, e devido a crescente ocupação irregular
nas encostas, que são Áreas de Preservação Permanente, os ambientes
encontram-se susceptíveis a deslizamento intensificados pela declividade
acentuada, o crescimento significativo de casas sem infraestruturas em áreas já
degradadas, associando ainda aos períodos com intensa pluviosidade e pelas
linhas de drenagem natural da encosta, favorece a eminência do grande risco a
que estão sujeitos os moradores.
A
vegetação auxilia na estabilização da encosta, mantém o lençol freático e as espécies
do lugar e afim de evitar um resultado desastroso, é necessário que se faça a
recomposição vegetal, contenção das encostas e principalmente evitar novas
invasões. Ao longo de toda a encosta, é perceptível o expressivo processo de
ocupação, seja na forma de condomínios em ruas muito inclinadas, comércio,
grêmios recreativos, igrejas e escolas, todos incrustados no maciço central,
com declividade acentuada, o que potencializa a ocorrência de acidentes com
quedas de blocos e deslizamentos.
O
nível sócioeconômico é evidentemente diferenciado através das residências, que
vão de mansões na Avenida do Antão até casebres simples dependurados na encosta
nesta mesma área, e do acesso viário com ruas de acessibilidade na forma de
vielas, escadarias cortando as curvas de nível, algumas ruas com boa
pavimentação e avenidas asfaltadas.
As
razões para tanta disparidade social, num mesmo lugar denominado
"morro", onde anteriormente era ocupado por uma classe de brancos empobrecidos
e netos de escravos libertos, são demográficas e sócioecônomicas, pois o que
vai caracterizar estas áreas de riscos é justamente a crise econômica, a
política habitacional ineficaz para a população de baixa renda, falta de uma
legislação para áreas suscetíveis por parte dos orgãos competentes que seja
adequada e fiscalizada.
6.
CONCLUSÃO
A
necessidade de recuperação das áreas degradadas do Maciço do Morro da Cruz deve
ser uma ação imediata, objetivando-se manter as funções paisagísticas como o
mirante do Morro da Cruz, sua fauna e flora, como pela proteção dos mananciais
e das encostas. Torna-se perceptível constatar a realidade dos moradores que
enfrentam o narcotráfico, violência urbana, educação ambiental e a desigualdade
social, durante o percurso da aula de campo.
Com
o objetivo de desenvolver o olhar crítico do aluno para as características
geológica e geomorfológicas do Maciço do Morro da Cruz, e acreditando que as práticas
de campo quanto ao seu papel didático podem ser classificadas, podemos
constatar que esta atividade
classifica-se como ilustrativa, pois fortalece os ensinamentos outrora
ministrados em ambiente acadêmico, com o compasso das atividades definidos pelo
professor, aponta onde e o que deve ser observado nos resultados.
7. BIBLIOGRAFIA
Compiani,
Mauricio; Carneiro, Celso Dal Ré. Os
Papéis Didáticos das Excursões Geológicas. Revista La Asociación Española para La Enseñanza de Las Ciencias de La
Tierra. ISSN 1132-9157.vol 1, nº2, p.90-97,1993.
Bernardinetti,
N.; Buss, M. D.; Rodrigues, L. & Scheibe, L. F. Plano Comunitário de Preservação e Urbanização do Maciço Central de
Florianópolis - Departamento de Geociências. Laboratório de Análise
Ambiental. UFSC. Painel, I Mostra Ambiental do Maciço Central de Florianópolis
- ALESC. 2003
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